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Materiais e Técnicas

O que são os Folheados de madeira, como aplicar e reparar

Os folheados são lâminas finas de madeira cortadas de toros redondos ou quadrados, conhecidos por falcas.

Tipos de folheado

Existem dois tipos básicos: folheados de construção, que são frequentemente espessos e utilizados no fabrico de contraplacado e peças laminadas, e folheados de superfície, que são mais delgados.

A uma só lâmina de madeira chama-se folha; várias folhas constituem um parcel.

As peças laminadas podem ser adquiridas prontas  a ser utilizadas e obtêm-se pela colagem de várias folhas prensadas em moldes. As folhas do laminado não são cruzadas como as do contraplacado. Além das folhas propriamente ditas, há uma vasta gama de folhas flexíveis prontas a serem cortadas.

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Tipos de contraplacado e Técnicas para Trabalhar com Contraplacado

Técnicas para diferentes trabalhos com Contraplacado:

Contraplacado

Técnica de fabrico

O contraplacado é constituído por um número ímpar de folhas delgadas de madeira que são coladas umas às outras com o veio disposto em direcções cruzadas. Quanto maior for o número de folhas, mais resistente é o contraplacado. O emprego de um número ímpar de folhas deriva do facto de uma placa de contraplacado ter de ser equilibrada e estável.

O equilíbrio funciona da seguinte forma: se duas chapas, A e B, forem coladas, as tensões criadas pela linha de colagem e inerentes às próprias folhas darão origem a um empeno. Contudo, empregando duas chapas B, coladas uma de cada lado da A, as tensões são compensadas. Este é o contraplacado básico de três folhas.

Para obter o contraplacado de onze folhas, adicionam-se novos pares de folhas, uma de cada lado, mantendo o equilíbrio.

Não pode existir contraplacado de duas, quatro, seis, oito ou dez folhas, porque este empenaria. O contraplacado empena frequentemente, mesmo quando está equilibrado, visto que não existem duas folhas totalmente idênticas e as tensões nunca ficam perfeitamente equilibradas. Outro factor que pode originar o empeno é a humidificação ou aquecimento de uma das faces do contraplacado, provocando uma expansão ou retracção da folha, o que inevitavelmente deformará a placa de contraplacado.

Dimensões dos Contraplacados

Os comprimentos e as larguras do contraplacado são expressos geralmente em metros, enquanto as espessuras são indicadas em milímetros. Ao adquirir ou encomendar placas de contraplacado, tome em consideração esse factor independentemente do tipo de material contraplacado que pretende obter.

Classificação dos Contraplacados

O contraplacado é classificado de acordo com a qualidade das folhas exteriores. O de melhor qualidade pertence à classe A e esta designação indica que a folha está isenta de defeitos; o contraplacado da categoria B é também de boa qualidade, mas pode apresentar pequenos nós e outros defeitos; o da classe C é de qualidade relativamente inferior aos anteriores e apresenta maiores defeitos e nós.

Por exemplo, a classificação A/A significa que ambas as faces são perfeitas; A/B indica que uma das faces é perfeita, apresentando a outra pequenos defeitos, como, por exemplo, nós.

Contraplacados decorativos

  • Estes contraplacados têm uma ou ambas as faces revestidas de folhas de madeiras decorativas.
  • Formatos normalizados: os contraplacados desenrolados.
  • Espessuras: 4,5 mm e 6 mm
  • Classificação: A/C para todas as madeiras dos contraplacados decorativos atrás mencionados.

Contraplacado para fins especiais

Se o contraplacado se destina a ser utilizado ao ar livre ou em ambientes húmidos, terá de ser revestido com um produto à prova de água. Para este fim, compre contraplacado à prova de água, mesmo fervente, já que este foi sujeito a uma colagem especial.

  • Formato normalizado: 2,44 m X x 1,22 m.
  • Espessuras (em milímetros): 4, 6, 12, 15, 20 e 25.
  • Madeiras para contraplacados

A maior parte destas madeiras é importada; as mais vulgares são: Para contraplacados desenrolados: ilomba, chinfuta, limba, moabi, tola, mognos, undianuno.

Para contraplacados decorativos: tola listada, cambaia, undianuno listado, sucupira, mussibi, mutene, faia, carvalho liso, freixo, castanho, pinho, oregon, carvalho flor, nogueira americana, jacarandá (Brasil), entre outras.

Para contraplacados marítimos é indicada a utilização de madeiras como tola e mognos.

Para cortar ou serrar Contraplacado

Corte com uma faca espessuras de 0,8 mm a 2 mm; para as de 2 mm a 6 mm, utilize uma serra com dentes finos e um serrote pequeno de costas; nas de 6 mm a 12 mm, use um serrote de costas; para espessuras maiores, indica-se um serrote normal de traçar. Marque sempre uma linha de corte quando este for perpendicular ao veio e corte ambas as faces para evitar que a folha levante ou farpe.

Para pregar e aparafusar Contraplacado

Antes de aparafusar, deve abrir orifícios-guias. Os pregos e os parafusos não se seguram tão bem nas extremidades do contraplacado como na face. Se utilizar parafusos em contraplacado macio, pode acontecer que as cabeças destes penetrem demasiado na folha do contraplacado. Para obviar a este risco, utilize anilhas de taça.

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Cuidados ao comprar madeira: Madeira com humidade e outros defeitos

Conheça os principais defeitos da madeira e tenha cuidado com a humidade da madeira. Verifique a humidade e os defeitos que a madeira pode ter antes de comprar. A utilização de madeira húmida comporta o risco de surgirem empenos, retracções e insucessos na colagem, à  medida  que aquela for secando.

Humidade na Madeira

A madeira empilhada ao ar livre, em secagem natural, pode conter até 17% do seu peso em água — o chamado teor de humidade.

Sempre que possível, deve adquirir-se madeira seca artificialmente, com a humidade final em equilíbrio com as condições do meio onde aquela vai ser utilizada.

Convém ter sempre uma pequena reserva de madeira de pinho ou de outra resinosa para utilização corrente; a madeira de folhosas deve ser comprada  com   bastante  antecedência e armazenada até à data da execução do trabalho.

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Como colocar dobradiças e quais os principais tipos de dobradiças

Existem vários tipos de dobradiças, saiba quais são e como instalar as dobradiças.

Como colocar dobradiças em madeira

 Desenhe o contorno do encaixe utilizando uma patilha da dobradiça como guia. O fiel de articulação deve ficar ligeiramente mais deslocado para a face interior da porta.

Com um formão, corte a madeira segundo o contorno da patilha fazendo-o penetrar verticalmente   até   uma profundidade igual à espessura da patilha. O chanfro do  formão deve estar virado para o rebaixo.

Com o chanfro do formão  para baixo, desbaste até à linha de fundo. O fundo do encaixe ficará mais perfeito se fizer pequenos cortes sucessivos   na   madeira, em vez de cortes muito compridos.

Corte as aparas finas ao longo da linha de profundidade do encaixe, batendo levemente no cabo do formão. Mantenha o chanfro sempre voltado para cima.

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Como Colar, saiba como aplicar os vários tipos de cola nos diversos materiais

Consulte os quadros seguintes para a escolha da cola apropriada, bem como do processo a seguir para a obtenção de uma colagem duradoura.

Como colar

  1. Utilize cola de fabrico recente. Determinados tipos de cola têm um período de conservação limitado.
  2. Quer se trate de colas de um ou de dois componentes, não as utilize sem uma prévia homogeneização, já que, dada a sua composição, se verifica uma tendência para a precipitação ao longo do tempo.

Não utilize produto colante exageradamente frio. A temperatura ideal situa-se entre os 15°C e os  18°C.

  1. No caso de colagens com madeira, certifique-se primeiramente de que esta não se encontra húmida nem demasiado fria, o que prejudicaria a colagem.
  2. As superfícies a unir deverão estar limpas e secas. Com lixa, retire possíveis sujidades ou camadas de oxidação. Os metais deverão ser desengordurados com álcool metílico ou petróleo antes da aplicação da cola.
  3. Sempre que possível, distribua a cola uniformemente em ambas as superfícies a unir. Em alguns casos, porém, apenas uma das superfícies deve ser revestida (aplicação unilateral).
  4. As superfícies a unir deverão ser o mais coincidentes possível. Embora haja colas com boas propriedades de enchimento (as epoxi), a união por excesso de cola não oferece tanta nem tão eficaz resistência.
  5. Aperte as partes a colar, enquanto a cola seca, colocando calços de madeira sob os grampos, para não ferir a superfície da obra. O aperto não deverá ser excessivo, para que a cola não transborde.

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Principais Tipos de cola e a sua utilização

Existem vários tipos de cola no mercado, Saiba onde aplicar cada tipo de cola. O insucesso na colagem resulta, com frequência, de processos de aplicação deficientes ou do desconhecimento do campo de acção do produto colante utilizado.

Antes de escolher a cola, deverá ter em conta alguns factores básicos, tais como:

  • Materiais a unir. Sua natureza química, forma física e seu acabamento de superfície.
  • Tipo de cola. À base de solventes, à base de água, mástique (vedante), líquida, em filme, em pó, de um ou dois componentes.
  • Método de aplicação. Com pincel, trincha, rolo, spray, pistola extrusora, etc.
  • Exigências do processo de colagem. Viscosidade e temperatura de utilização do produto colante, dimensões e forma das superfícies a colar, duração do processo, doseamento (aplicação a uma ou a ambas as superfícies), tempo de colagem e pressão a exercer durante este processo, remoção do excesso de cola, tempo de cura (tempo de passagem do produto colante do estado pastoso ao sólido), etc. Condições de sujeição da união final. Frio, pressão, humidade, exposição ao calor e à acção da água (quente e fria) e dos agentes químicos, corrosão, etc.
  • Outras considerações. Custo, tempo de armazenagem, toxicidade, inflamabilidade, odor, cor, propriedades térmicas, eléctricas, químicas, etc, do produto a utilizar.

Assim, antes de proceder a qualquer trabalho de colagem, consulte os dados técnicos sobre o produto fornecidos pelo fabricante.

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Características das Madeiras de resinosas e Madeiras de folhosas

O que são madeiras resinosas e madeiras folhosas, principais características, origem e aplicações.

Madeiras de resinosas

As madeiras de resinosas provêm de árvores coníferas e são, geralmente, madeiras brandas. A madeira de resinosas pode adquirir-se serrada ou aparelhada. A serrada tem as superfícies ásperas, pois obtém-se imediatamente após o corte à serra sem qualquer outro preparo. Devido à retracção, a madeira serrada pode variar ligeiramente quanto às suas dimensões originais.

A madeira aparelhada é alisada à máquina para receber depois o preparo final. A plaina reduz as dimensões, pelo que uma peça adquirida com a secção de 2,5 cm x 15 cm ficará realmente com 2 cm x 14,5 cm.

Se for absolutamente necessário obter peças com dimensões rigorosas, deve adquirir madeira aparelhada com as medidas finais desejadas. Uma peça de 2,5 cm X 15 cm de secção final teria de ser obtida a partir de uma com tamanho superior — 3 cm x 16 cm—, se esta tivesse uma secção corrente.

As madeiras de resinosas deterioram-se rapidamente ao ar livre, pelo que devem ser protegidas com produtos preservadores ou pinturas.

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Madeiras mais usadas em Portugal: Madeiras folhosas e resinosas, suas origens e aplicações

Neste artigo vamos apresentar as principais madeiras utilizadas em Portugal assim como a aplicação dada a cada tipo de madeira e sua origem separadas por Madeiras Folhosas e madeiras resinosas.

Madeiras Resinosas

Casquinha. Madeira de cor pálida, de desenho venado, branda, leve, muito fácil de trabalhar e durável.

  • Aplicação: construção civil e carpintaria de interiores.
  • Proveniência: Escandinávia.

Cipreste-do-buçaco. Madeira de cor pálida, aromática, de cerne distinto, textura fina e uniforme, moderadamente dura e pesada, muito fácil de trabalhar e muito durável.

  • Aplicação: marcenaria e material de desenho.

Criptoméria. Madeira de cor castanho-rosada e amarelo-pálida, de cerne distinto, textura grosseira, muito leve, branda, fácil de trabalhar.

  • Aplicação: carpintaria de limpos, marcenaria, caixotaria, aeromodelismo e maquetas.
  • Proveniência: Açores.

Pinho. Madeira de cor pálida ou castanho-avermelhada, de cerne distinto, textura grosseira, moderadamente dura e pesada, fácil de trabalhar, pouco durável e moderadamente retráctil.

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Principais Produtos para Acabamentos em Madeira e sua aplicação

Existem centenas de produtos para acabamentos em madeira, estes são apenas alguns e talvez os mais usados por profissionais:

Óleo de linhaça

É o menos dispendioso de todos os produtos de acabamento a óleo. Existe sob as formas de cozido ou cru. O óleo cozido seca mais rapidamente. O óleo de linhaça é de aplicação mais demorada do que o de teca, mas proporciona um acabamento mais perfeito. Para abreviar o tempo de secagem, junte um pouco de essência de terebintina ao óleo, misturando-os muito bem.

O óleo de linhaça aplica-se facilmente e não exige qualquer preparação prévia da madeira. Todos os óleos escurecem a madeira, formando uma película resistente e baça, sem encobrir o fio e a textura daquela. São resistentes à água e melhoram à medida que envelhecem. Ao longo dos anos, poderá ainda aumentar-se a resistência aos choques com aplicações adicionais de camadas finas, fazendo-as penetrar bem na madeira. Tais óleos têm uma resistência limitada ao calor e aos álcoois; porém, os danos provocados por estes são facilmente reparáveis.

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Tratamentos e Acabamentos em Madeira

Vamos aprender a tratar e e a fazer acabamentos em madeira com vários materiais:

  • Acabamento em madeira com Esmalte corado de poliuretano
  • Tratamento da madeira com a técnica de Envernizamento com boneca
  • Ebanizar a madeira
  • Tratamento da madeira com cal
  • Tratamento de Enegrecimento (patina) na madeira

Esmalte corado de poliuretano

As tintas de poliuretano são extremamente duras e resistentes aos arranhões, constituindo um acabamento ideal para o mobiliário de quarto de crianças ou de cozinha. Resistem sem descorar a temperaturas até 100°C.

As tintas de poliuretano são duráveis mesmo quando aplicadas em exteriores. Existem dois tipos de poliuretano para acabamentos: brilhante ou mate.

Aplicação. A madeira não precisa de qualquer preparação. Depois de uma camada de um primário de poliuretano, aplique o produto com uma trincha ou um pulverizador como se fora uma tinta vulgar.

Para obter melhores resultados, lixe levemente após a aplicação de cada demão, removendo todo o pó; não deixe passar mais de vinte e quatro horas entre cada aplicação do produto.

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